OS CAMBIANTES DA VOZ
HUMANÍADAS XIII
BARTOLOMEU VALENTE
1 - Os cambiantes da voz
Os cambiantes da voz todo o ser me regula,
No amor identificando-me a matriz
Donde o arvoredo da utopia pula,
A regra respeitando do que a nunca anula,
Para ao ser retornar, à raiz.
Aqui vivificado, o amor
De novo trepa ao sonho, à Infinidade,
Da norma trilhando a via e o suor,
Até que a ser amor de novo nos persuade.
E a utopia à lei se funde
E o amor mais ser devém
E o dever com o sonho se confunde.
Ser e amor, lei, utopia se unem além
Na festa onde Tudo é o Infindo que nos foge e vem.