1 – Trovário de Rumos
Em livre métrica o amor canto e os laços meus,
O mito e o sonho cifrarei que me empolgarem,
O imperativo que o cotio brinda aos céus,
Desfio os traços do que for rosto de Deus,
Os regulares laços dou que me enlaçarem.
Em metro e rima retomar vou o Infinito
Nestes degraus dos actos vagos, dia a dia,
Até ver claro em que consiste este meu grito.
Então na quadra, a amar, sonhar, com alegria,
Em voz de povo o saber traço ao que vislumbro,
Na quadra irregular tudo, por fim, me guia.
Em trovários, da vida com mil sóis me alumbro,
Nos sonetos resumo picturais ideias,
De mil formas rirei vidas de graça cheias.