BARTOLOMEU VALENTE
1 – Horizonte
Horizonte de amor é o que seremos
Quando o que somos pesquisarmos perto,
Horizonte em devir ao porvir certo,
Nós que nunca o atingimos nos extremos.
Em passos de amor pobre no deserto
Acertamos as vozes que sonhemos,
Em nome das lonjuras nós viemos
Doendo da pegada o calo experto.
Em verso incerto trocaremos lemas
Até o compasso se acertar de vez
E cada qual viver do todo os temas.
Então, ritmando unidos o entremez,
Transporemos sarcasmos e ironias
E riremos inteiras alegrias.