1 – Tectos de liberdade
Na liberdade o verso principia,
Que donde vem ninguém adivinhou.
Porém, mal incarnada, a fantasia
A norma impõe às asas de seu voo.
É sempre em nós, portanto, que a ironia
De bom humor constata o que sobrou
De todo este sarcasmo que anuncia
A vida do que a sátira matou.
Vai ser, porém, a quadra popular
Que mais condensará o estranho brilho
Dum espartilho donde brota o mar,
De tal modo que, as quadras em sarilho
Ondeando sejam, sejam os sonetos,
Épicos se erguem da jornada os tectos.