NONO VERSO

 

 

Vai ser, porém, a quadra popular

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Escolha um número aleatório entre 789 e 907 inclusive.

 

Descubra o poema correspondente como uma mensagem particular para o seu dia de hoje.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

789 -  Vai ser, porém, a quadra popular

 

Vai ser, porém, a quadra popular

Aquela que melhor quadra

Ao sabor da lareira que há no lar,

Ao saber do cão que ladra.

 

É na métrica do povo

Que um saber espartilhado

Se transmuda naquele ovo

Donde o mundo foi gerado.

 

É desta raiz

De que longe disto

Que perto me fiz,

Me fiz e sou isto!

 

 

790 - Erro

 

O erro do comunismo

Não é um erro, é o fanatismo.

 

Fanatismo não é um erro:

- É pior, é o nosso enterro!

 

 

791 - Humildade

 

Há fomes que nos consomem

O que a mesa não reune:

O orgulho divide o homem,

Só a humildade nos une.

 

 

792 - Fome

 

Tanta fome, tanta fome!

Quando a fome ataca alguém

Não lhe oferteis o que come:

- Mostrai-lhe como se obtém.

 

 

793 - Adiada

 

A vida dá-nos sinais

De valer sem valer nada:

A comédia não é mais

Do que tragédia adiada.

 

 

794 - Maioria

 

Sempre que tu te encontrares

Do lado da maioria

Será tempo de parares

A repensar que te guia.

 

 

795 - Modesto

 

Um homem que for modesto

É normalmente admirado

Se qualquer dele eco honesto

Chega a alguém por qualquer lado.

 

 

796 - Prismas

 

Senso comum significa

Dividir estes dois prismas:

O das coisas como as cismas

E o do ser que as autentica.

 

 

797 - Poupar

 

Quem maior sucessso quer

Isto tem de desvendar:

Quais as tácticas a ter

Para mais tempo poupar.

 

 

798 - Voz

 

Se à curiosidade exortas,

Bisbilhotices condena,

Que estas escutam às portas

Daquela a só digna cena.

 

 

799 - Passos

 

Correm passos com mais ânsia

Rumo ao sonho da lonjura

Quando se encurta a distância

Da beira da sepultura.

 

 

800 - Desgraça

 

Se a riqueza for teu meio

De dos mais te destacares,

Foi a desgraça que veio

Do dinheiro a teus lugares.

 

 

801 - Emprego

 

Se um emprego não empenha,

Não será gratificante,

Por mais bem paga que a senha

Seja de o levar avante.

 

 

802 - Amizade

 

Dá o dinheiro segurança

Mas, se a desgraça te invade,

Nenhum lenitivo alcança

O que alcança uma amizade.

 

 

803 - Satisfação

 

Contra a crença mais banal

Do lazer bandeira erguida,

O trabalho é a principal

Satisfação duma vida.

 

 

804 - Vantagem

 

O dinheiro traz vantagem

Mas não pode defender-nos

Do mal nem dor, nossa imagem,

Do amor como os gestos ternos.

 

 

805 - Serve

 

Para os males, o dinheiro,

Sabe-o quem é sabedor,

Nem contado por inteiro

Nos serve o que serve o amor.

 

 

806 - Casal

 

Quando por dentro um casal

Se aproxima no que é bom

Já nada mais fica igual,

Dão dum novo mundo o tom.

 

 

807 - Animal

 

O animal de estimação

Não te traz só uma alegria:

Acalma-te o coração,

Cura o estresse do teu dia.

 

 

808 - Servida

 

Mudam tempos e costumes

E uma constante da vida

É que a família resumes

Na mesa ao jantar servida.

 

 

809 - Pulso

 

Quando o filho ajuda o pai

É que descobre a medida

De crescer, enquanto vai

Tomando o pulso da vida.

 

 

810 - Vale

 

Um optimista enganado

Vale mais na precisão

Que um pessimista pejado

De carradas de razão.

 

 

811 - Escolha

 

A escolha não é o problema,

É que o lema que eu acolha

Antes levanta o dilema

Da escolha de ter escolha.

 

 

812 - Paixão

 

Quem se perde por paixão

Acaba perdendo menos

Que se a paixão perde em vão,

Perdido em gestos pequenos.

 

 

813 - Todo

 

Donde vimos, donde vimos?

- Vimos do Céu e da Terra,

Já que aqui onde existimos

É o Todo que Tudo encerra.

 

 

814 - Cisco

 

Cisco de alma, sou um cisco

Que vagueia empoeirado.

Por que ando a correr o risco

De ser cisco doutro lado?

 

 

815 - Trevas

 

Com um olho nada colho

Da vantagem que me levas.

Um homem só com um olho

Que vale em reino de trevas?

 

 

816 - Extremos

 

Egoísmo e altruísmo

São os extremos visíveis

Dum contínuo cujo abismo

Somos nós a ser vivíveis.

 

 

817 - Estratégias

 

Os sexos até terão

Estratégia diferente...

- A cópula faz presente

Sempre a cooperação.

 

 

818 - Abusos

 

Levando a aturar abusos,

Contra chefes a atentar,

A ordem compensa os usos:

-Todos sabem seu lugar.

 

 

819 - Equilíbrio

 

O que importa é o equilíbrio

Entre o curto e o longo prazo

Para evitar o ludíbrio

Dos fins com que me não caso.

 

 

820 - Altaneira

 

Uma postura altaneira

Vem de que o subordinado

Da segurança primeira

Do chefe ali vê o cuidado.

 

 

821 - Mente

 

Corpos de homens e de bichos

Todos são do mesmo tipo.

Que é que a mente nestes nichos

Pode alterar do que fito?

 

 

822 - Ausência

 

A ciência se renova

Às vezes contra a evidência:

A inexistência de prova

Não prova uma inexistência.

 

 

823 - Muro

 

Qualquer que seja o futuro

De negruras enublado,

Podemos saltar o muro,

De pé cair no outro lado!

 

 

824 - Prova

 

A maior prova de amor

Que porventura se alcança,

Alcança do amor o amor:

- É a prova de confiança!

 

 

825 - Decidido

 

Quando perdes a firmeza,

Um pensar bem decidido

Vai-te mudar com certeza

A causa em que andas perdido.

 

 

826 - Tempo

 

Importa dar tempo ao tempo,

Que, com tempo ao tempo dar,

O tempo te dará tempo

De com tempo te ajudar.

 

 

827 - Adeus

 

Um adeus é uma mudança

Que mexe no coração:

Se laços, locais destrança,

Mais a mim destrança então.

 

 

828 - Sacrifícios

 

Um amor que é verdadeiro

Requer muitos sacrifícios,

Nele o porvir é primeiro,

Nunca uma reza de ofícios.

 

 

829 - Fogo

 

Um amor, à despedida,

Nem sempre encontra a palavra,

Basta um gesto, a mão erguida,

E quanto fogo nos lavra!

 

 

830 - Toque

 

O toque foi sempre o meio

Mágico mais do que as loas

Que arranca de nosso seio

E acaba unindo as pessoas.

 

 

831 - Vendaval

 

Este vendaval de inverno

Anda os frios a arrastar.

Porém, se há um murmúrio terno,

- Acabaram de os levar!

 

 

832 - Altivo

 

Quem pretende ser fulgor

Mais se ofusca em negra treva:

Quanto mais altivo for

Menos de facto se eleva.

 

 

833 - Pedregais

 

Faz aos demais um favor

Sem deles esperar nada,

Assim germinas amor

Pelos pedregais da estrada.

 

 

834 - Primeiro

 

Se queres que a ti te façam,

Fá-lo aos outros tu primeiro.

Se reprovas o que traçam,

Traça-o de ti por inteiro.

 

 

835 - Ambição

 

O que dentro mata os lares

É a ambição quando os invade:

- Ganhes tu quanto ganhares,

Não ganhas felicidade!

 

 

836 - Secretária

 

A secretária é um lugar

Perigoso quão fecundo:

Dela podes comandar

Reviravoltas do Mundo.

 

 

837 - Vazio

 

O que à vida traz fastio

É o mais que é menos em ti:

- Não há ninguém mais vazio

Do que alguém cheio de si.

 

 

838 - Serpentes

 

Quando amantes se guerreiam

Faiscam trovões em facho,

Serpentes de água coleiam

Janelas do lar abaixo.

 

 

839 - Trevas

 

Um passo ou dois pelas trevas

Valem no desconhecido

Mais que o milhão que já levas

De antolhos, na fé perdido.

 

 

840 - Cauda

 

Do destino não me livro

De a cauda me abocanhar:

- É que eu inventei o livro

Para o livro me inventar!

 

 

841 - Erudição

 

Numa humilde servidão

Atenta a cada momento

É que pode a erudição

Preceder conhecimento.

 

 

842 - Esteira

 

O que vive atrai e afasta

Conforme a própria maneira:

Um homem mais forte arrasta

O mais fraco em sua esteira.

 

 

843 - Mantém

 

Simples é o Mundo e quenquer

Verá o que o mantém de pé:

Quem não é, não pode ser;

Não ser não pode quem é!

 

 

844 - Doutor

 

Aquilo que nunca esquece

É que tem algum valor:

Se o saber se não soubesse

Todo o mundo era doutor!

 

 

845 - Herói

 

Um herói é um fugitivo

Que a imaginação aluga

Para o sonho manter vivo

De entrarmos na grande fuga.

 

 

846 - Lendas

 

São lendas a inspiração

Para cada passo em frente

Da Humanidade, pois dão

Sempre frutos da semente.

 

 

847 - Cavalheiro

 

O chicote ou o carcereiro

Não são quem cria o valor:

Se alguém for um cavalheiro

Será um bom trabalhador.

 

 

848 - Carvalha

 

Será lavrador quem lenta

E duramente trabalha,

Tal o monte quando tenta

Produzir uma carvalha.

 

 

849 - Calado

 

Enfurece o preconceito

Calando, porque calado

Não lhe mostras teu conceito,

Enfurece-lo dobrado.

 

 

850 - Tempestades

 

Anda um inimigo à solta

Quando o ar não fica amigo:

As tempestades de volta

São do mau tempo o perigo.

 

 

851 - Acarte

 

Todas as coisas são uma

E todas vão fazer parte

De todas as mais, em suma,

Para que em mim as acarte.

 

 

852 - Solitário

 

Para ser bem solidário,

De todos e tudo irmão,

Urge ser tão solitário

Que nem sinta a solidão.

 

 

853 - Ramo

 

Eu amá-la não, não amo,

Que não sou correspondido.

Adoro-a, que neste ramo

Ninguém pensa ser servido.

 

 

854 - Pedra

 

Um homem, se é demais homem,

Em redor nada lhe medra:

Da mulher os sonhos somem

Ante essa imagem de pedra.

 

 

855 - Geração

 

Se a criança é preciosa,

Mais o é dela a geração,

Que nesta o que mais se goza

É o elo que prende ao chão.

 

 

856 - Nervos

 

A mulher, na gravidez,

Solene como uma serra,

Segura na sensatez

Todos os nervos da terra.

 

 

857 - S. João

 

Vem, amor, ao S. João,

Larga esta noite as panelas:

Vai saber à festa o pão

Que depois cozermos nelas.

 

 

858 - Zomba

 

Quem zomba do mal alheio

Zomba da própria loucura,

Que o mal anda, de permeio,

Da casa dele à procura.

 

 

859 - Prevenido

 

Todo o mal que é prevenido

Breve torna o mal em bem:

Quem no mal tomar sentido

Nunca o mal à mão o tem.

 

 

860 - Rematada

 

A loucura rematada

Que remata a sorte à vida

É meter-se em empreitada

Sem dela ver a saída.

 

 

861 - Ambicioso

 

Demais quem for ambicioso,

Longe de ficar mais perto,

Troca pelo duvidoso

O que afinal era certo.

 

 

862 - Promessas

 

Fazer promessas a Deus

Sem pôr pernas aos caminhos

É esperar que sejam meus

Os ovos dos outros ninhos.

 

 

863 - Discórdia

 

Quanto mais um amor urde

A vida de que nasceu

Mais a discórdia que surde

Mata em nós quanto viveu.

 

 

864 - Pobre

 

Vive pobre e pobre morre

Fogos de ambição quem herde,

Que mais do que as forças corre:

Quem tudo quer, tudo perde.

 

 

865 - Sozinho

 

Sozinho, pelo Natal,

Doutros ouvindo a alegria,

É que um pai vive o que vale

Ter dum filho a parceria.

 

 

866 - Suicida

 

Suicida é quem já não

Dá valor à própria pele,

Tudo porque no leilão

Nem há quem precise dele.

 

 

867 - Matizes

 

Quando temo que infelizes

Farei aqueles que amar

As fugas tomam matizes

Que só vão o amor provar.

 

 

868 - Hospedeiro

 

Um coração hospedeiro

Recebe como num lar

E quando encontra o parceiro

- Não muda mais de lugar.

 

 

869 - Hotéis

 

Corações há como hotéis,

Entra e sai de gente um ror,

Vão-se os dedos e os anéis:

- Paga-se amor sem amor!

 

 

870 - Metade

 

Metade duma verdade

Não tem da verdade a meta:

Mente com maioridade,

É uma mentira completa.

 

 

871 - Mão

 

De alguém o melhor amigo

Não mora fora de casa

Nem no lar tem seu abrigo:

- É a mão dele quando o apraza.

 

 

872 - Capacidade

 

Depende a felicidade

Daqueles com quem vivemos

E não da capacidade

Do dinheiro que teremos.

 

 

873 - Nunca

 

Minha mãe é uma pardoca

E meu pai um passarinho.

Ao nascer voei da toca,

Quem serei nunca adivinho.

 

 

874 - Comum

 

Num amor dois se confundem

Quando um amor é comum:

Homem e mulher se fundem

E são dois igual a um.

 

 

875 - Dedos

 

Na amizade dois se invocam

Duma irmâ para um irmão:

Duas almas que se tocam,

Dois dedos da mesma mão.

 

 

876 - Medir

 

O tamanho que terei

Ao ir indo por diante

É a medir meu pé que sei

Se é de anão ou de gigante.

 

 

877 - Cadilho

 

Donde vem este cadilho

Que me prende ao mal que houver?

- Melhor ama a mãe um filho

Que mais a fizer sofrer!

 

 

878 - Instintos

 

Os instintos da mulher

Entendem e logo somem

Mais depressa que qualquer

Inteligência dum homem.

 

 

879 - Planta

 

É o amor aquela planta

Que a sós cresce e se enraíza

E no peito mais se implanta

Quão mais destroçado o visa.

 

 

880 - Tenaz

 

Quão mais cega é uma paixão,

Mais tenaz se pontifica:

Quando menos tem razão

Mais sólida se edifica.

 

 

881 - Diz

 

Vero ou falso, o que se diz

De alguém conta tanto quanto

O que ele for de raiz

E fada-o mais entretanto.

 

 

882 - Bocas

 

As bocas que mais nos ralam

São as que as trevas adensam:

Mais são as bocas que falam

Do que as cabeças que pensam!

 

 

883 - Íntimo

 

Nosso maior inimigo

Não vem dum futuro ignoto,

Vem dum íntimo perigo

Que é tão eu que eu nem o noto.

 

 

884 - Parasitas

 

Se alguém tem boa fortuna

Vão cercá-lo os parasitas:

Nunca assim se coaduna

Do porvir com as visitas.

 

 

885 - Capacidade

 

Supõe a prosperidade

(O triunfo é venerado)

Que se é uma capacidade

E apenas se é bem-fadado.

 

 

886 - Mentira

 

Quem à mentira for mouco

É que se ilude no modo:

Não há como mentir pouco,

Quem mente mente de todo.

 

 

887 - Mocho

 

Um marginal nem sequer

Deixa o rasto que produz:

Primeiro, o que um mocho quer

É não ser exposto à luz.

 

 

888 - Pérola

 

Mui para além da ciência

O coração nos proclama:

- A pérola da inocência

Não se dissolve na lama.

 

 

889 - Catraio

 

Uma mão cheia de argila,

Barro e lama os gestos seus,

O catraio se perfila

E o mais é um sopro de Deus.

 

 

890 - Ilude

 

Toma tão mais precauções

A mulher que nos ilude

Quanto menos violações

Lhe ameaçam a virtude.

 

 

891 - Perde

 

Quando o amante apaixonado

Perde o amor, perde o sentido:

De sonho desarvorado

Devém mero cão perdido.

 

 

892 - Vadio

 

Deixa a vida de vadio,

Que a preguiça pesa mais

Que o labor de mais ousio

E ao fim vai pesar demais.

 

 

893 - Estranho

 

O amor tem um lugar

Tão estranho que arripia:

Só Deus poderá acabar

O que o amor principia.

 

 

894 - Parto

 

Se o amor vos faz sofrer,

Amai então mais ainda:

Morrer de amor é viver

E a dor do parto é benvinda.

 

 

895 - Aragem

 

O amor anda preso ao chão

Visando os cumes, preciso.

O amor é a respiração

Da aragem do paraíso.

 

 

896 - Lama

 

Rapaz pobre, de amor rico,

Pela lama imprime os rastros

Mas por onde o identifico

É que traz nos olhos astros.

 

 

897 - Tição

 

O educar tradicional

Pelas mentes sempre clama

Sem do amor nos dar sinal:

Fala o tição, não a chama.

 

 

898 - Preguiça

 

Preguiça é mãe de casal:

Filho é o roubo que a consome;

A filha mostra o que vale

A família toda - é a fome!

 

 

899 - Êxtase

 

Na pura fase do amor

Pára a voluptuosidade:

Noutra o êxtase mentor

Muda a personalidade.

 

 

900 - Secreto

 

Como a aurora luminoso,

Como o sepulcro calado,

O amor é o secreto gozo

Das vias p’ra todo o lado.

 

 

901 - Vela

 

Na vida a noite que houver

Procura a luz duma vela:

- Entra em cena uma mulher,

Desponta ao alto uma estrela!

 

 

902 - Cura

 

A vida é feita de dor

E a cura como demora!

O êxtase único é o amor,

Para além tudo o mais chora.

 

 

903 - Mudo

 

Não amando sei falar

De amor com mais conteúdo

Do que aquele que, de amar,

Afinal se torna mudo.

 

 

904 - Lonjura

 

Qualquer amor, impreciso,

É sempre amor da lonjura

E, mesmo não tendo juízo,

Só de juízo tem figura.

 

 

905 - Fitam

 

Dois corações que se fitam

Mais contam no instante, amantes,

Do que as línguas que compitam

Pelo mundo de hoje e dantes.

 

 

906 - Fogo

 

É uma ausência para o amor

Como para o fogo o vento:

Ao pequeno apaga o ardor,

Ao grande ateia o tormento.

 

 

907 - Chão

 

Um poeta da família

Planta no lar coração:

Entra a família em vigília,

Semeia poemas no chão.