DÉCIMO VERSO

 

 

Que mais condensará o estranho brilho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Escolha um número aleatório entre 908 e 1026 inclusive.

 

Descubra o poema correspondente como uma mensagem particular para o seu dia de hoje.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

908 -  Que mais condensará o estranho brilho

 

Que mais condensará o estranho brilho

Duma estrela no imenso desvairada

Confirmarei no tomilho

À berma da estrada.

 

Pois, de facto, o imenso

Cabe na palma da mão

Como o infinito entrou em quanto penso,

Como uma quadra diz mais que um sermão.

 

Na prisão da rima,

Na prisão do metro

É que trepo acima,

Pelo além penetro.

 

  

909 - Chato

 

Um chato que é chato a sério,

Se o quer ser sem ser banido,

Cria o novo e dele o império

É um império divertido.

 

 

910 - Decorado

 

Que maravilha e surpresa

Entender, um tempo andado,

O que se até ali despreza

De se haver só decorado!

 

 

911 - Vias

 

Duas vias em disputa

E sempre a vida te vence:

- Se te dobra a força bruta,

O argumento te convence.

 

 

912 - Importante

 

A vida jamais garante

Do importante o grau e o tom:

Pois se é bom ser importante,

Mais importante é ser bom.

 

 

913 - Luz

 

Há sempre duas maneiras

De se propagar a luz:

Facho a arder nas cumeeiras,

Espelho que o reproduz.

 

 

914 - Hábito

 

Hábito não controlado

Não é um hábito, em verdade,

Prende-nos a cadeado,

Devirá necessidade.

 

 

915 - Luzeiro

 

Que bom que é sair da vida,

Uma vez a morte advinda,

Com a calma comedida

Dum luzeiro que se finda!

 

 

916 - Também

 

Adoro a vida com tudo

Que a vida do ser contém

E em vida tudo transmudo:

- Morrer é viver também!

 

 

917 - Sedutor

 

Aprende a tomar partido

Do que quer o opositor,

É quem faz de seduzido

Que em breve é o mais sedutor.

 

 

918 - Sina

 

Vê lá bem que te destina

A sina a que te destinas:

Tudo tende prà ruína

Numa pátria de ruínas.

 

 

919 - Cólera

 

Os ódios não são dos fortes,

São a cólera dos fracos.

Se em ti caem desta os cortes

É melhor temer os cacos.

 

 

920 - Pobres

 

De que precisam os pobres

Para escaparem do exílio?

- Não precisam, não, de auxílio,

Mas de vias que lhes cobres.

 

 

921 - Deveras

 

A vida é curta demais

Para não se atar os nós

Do que deveras gostais

- E só então não ficais sós.

 

 

922 - Amigos

 

Dão de graça sem comprar-te,

Neles gratuita é a guarida:

Os amigos são a parte

Inestimável da vida.

 

 

923 - Parceiros

 

As famílias mais felizes

Podem gozar os dinheiros

Com mais felizes matizes:

- Antes de mais são parceiros.

 

 

924 - Barreira

 

Plenitude labotral

Vem menos de quanto ganho

Que da barreira ao final

Vencida no seu tamanho.

 

 

925 - Multimilionária

 

Ela nasceu na mansão,

Filha multimilionária,

Da vida fez diversão?

- Triste morreu solitária!

 

 

926 - Atrito

 

Para operar sem atrito

À Humanidade convém

Minimizar o conflito,

Acolher o que vai bem.

 

 

927 - Escolhe

 

Para se neutralizarem

Problemas que a vida tem

E os males não aumentarem

Escolhe quanto andar bem.

 

 

928 - Prefere

 

Há muito quem liberdade

E tempo livre prefere

Mesmo quando com tal há-de

A féria perder que aufere.

 

 

929 - Falso

 

Afastar o que for falso

É conferi-lo à verdade

Da infância para onde alço

Longo o olhar da identidade.

 

 

930 - Diamante

 

O dia mais bem passado

Não maravilha, excitante,

Dá-me o gozo delicado

Dum pequeno diamante.

 

 

931 - Antepassado

 

Antepassado esquecido,

Procuro-te sempre em vão.

És o meu lado escondido,

- Meu sopro de escuridão!

 

 

932 - Família

 

Minha história de família,

Como todas (são às levas),

Onde a luz com que perfile-a?

- Ela começa nas trevas!

 

 

933 - Desespero

 

Vivo sempre neste inferno

De asas não ter para o voo:

- Ao escolher pelo Eterno

Desespero do que sou.

 

 

934 - Angústia

 

A angústia me guia o leme

Com desejos na bandeja:

Desejo do que se teme,

Temor do que se deseja.

 

 

935 – Sóis

 

Se aquele que prega

Não age depois,

Com tal acto nega

Toda a luz dos sóis.

 

 

936 - Imundície

 

Sou nobre filho de Deus

Quando me olho à superfície,

Mas são os ancestrais meus

O evangelho da imundície.

 

 

937 - Censura

 

O mau uso da ciência

Não muda com a censura,

Nada resolve uma ausência,

Mais ciência é que a depura.

 

 

938 - Ambiente

 

Do meio ambiente a um aspecto

Não há que não tenha usado

De algum modo, por discreto,

A vida ao ter-se gerado.

 

 

939 - Sexo

 

Quem faz sexo nunca pensa

Numa espécie a propagar,

Nem o pensar tem lugar:

- Sexo é a própria recompensa!

 

 

940 - Celebridade

 

Se eu for a celebridade,

Mais do que paradisíaco,

Meu mundo testa a verdade:

- O poder é afrodisíaco!

 

 

941 - Genes

 

Por cento noventa e nove

Vírgula seis de meus genes

É o que um chimpanzé promove.

- Não há soberba que encenes!

 

 

942 - Dominância

 

Hierarquia é dominância

Que as violências ameniza:

Não anula, é tolerância

Do agressivo quando o visa.

 

 

943 - Sequelas

 

De nosso pensamento é a meta assim:

Importa desvendarmos as sequelas.

- Se conhecemos o princípio delas,

Como das coisas ignorar o fim?

 

 

944 - Reconfiguramos

 

Quando reconfiguramos

Estruturas sociais,

Não é melhor não ter amos

E conhecermo-nos mais?

 

 

945 - Elixir

 

Não te esqueças de sorrir.

Por mais que o tempo te mude,

Se o sorriso em ti se rir

É elixir de juventude.

 

 

946 - Harmoniza

 

Ética sociedade

Será aquela que harmoniza

Com responsabilidade

Da liberdade a divisa.

 

 

947 - Previamente

 

Em vez de ficar nervoso

Com o que vem pela frente

Previne-te o maior gozo:

- Prepara-te previamente.

 

 

948 - Psíquicos

 

Para os maiores problemas,

Mesmo se psíquicos são,

Há sempre uma explicação:

- Da física os teoremas!

 

 

949 - Inspire

 

Bem pequena é a diferença

Entre o que é medo e for ânsia:

Para que a tensão se vença,

Fundo inspire e fora lance-a!

 

 

950 - Lançamentos

 

Se o que houver não acolhemos,

Metemo-nos em tormentos:

Acertemos ou falhemos,

Há muito mais lançamentos.

 

 

951 - Rezas

 

Se rezas pelo teu filho,

Não é por ele que rezas,

É por ti, já que teu brilho

Brilha quanto o filho prezas.

 

 

952 - Orações

 

Minhas orações

Chegarão ou não...

- Certo é que empurrões

A mim é que dão!

 

 

953 - Patetas

 

Que somos na hierarquia

Da inteligência? Patetas?

- Olha o que mais arrepia:

Mil milhões só de planetas!

 

 

954 - Milagre

 

No milagre acreditar

Tem sempre muito mais força

Que proibir de o venerar

E proibi-lo ainda o reforça.

 

 

955 - Lemas

 

A nos mantermos de pé

Jamais bastam quaisquer lemas:

- Às aparições e à fé,

Nem fronteiras nem sistemas.

 

 

956 - Reino

 

Filhinhos meus, o meu reino

É o reino de quem amar:

Quem só da fé tiver treino

Nem fé tem, tem só o lugar.

 

 

957 - Crendice

 

Perigoso em nosso mundo

É o perigo da descrença,

Mas o perigo mais fundo

É o da crendice da crença.

 

 

958 - Fronteiras

 

Quando os bens não atravessam

As fronteiras dos Estados,

As violações começam:

- Atravessam os soldados!

 

 

959 - Monopólio

 

Monopólio é bloqueio

Que boicota a inovação,

No processo é lentidão

E é batota pelo meio.

 

 

960 - Adoração

 

Do mistério a adoração

Sempre trouxe a decadência

E nela a destruição.

- Que nos vai dar a ciência?

 

 

961 - Útero

 

Quando nasce, um homem tem

Dum útero a equivalência:

Nasce do ventre da mãe,

Entra para o da ciência.

 

 

962 - Sintoma

 

A vaga da astrologia

Será o principal sintoma

De que em ciência a magia

Desencanta, põe-me em coma.

 

 

963 - Natureza

 

O saber da natureza

Para conquistar poder

Sobre os homens é o que preza

Dos homens todo e qualquer.

 

 

964 - Instrumento

 

Percepção fora do espaço,

Percepção fora do tempo...

- Que é que serei, que é que faço,

De que é que sou instrumento?

 

 

965 - Janela

 

Se a mentira for bastante

Saltará pela janela

E as pessoas, nesse instante,

Logo acreditarão nela.

 

 

966 - Justiça

 

A justiça é concebida

Para ninguém esquecer.

Quando não for exercida

É que nem isto sequer.

 

 

967 - Ignora

 

Quando se ignora um problema

Durante tempo bastante

Logo deixa de ser tema,

Desaparece adiante.

 

 

968 - Derrotados

 

Poderosos derrotados

Põem todos satisfeitos.

Até se ignoram pecados

Com que pagamos tais feitos.

 

 

969 - Fantasia

 

O vício da fantasia

É a vã personalidade

Que, na alvorada, abre o dia

E à noite já não persuade.

 

 

970 - Demoras

 

Em casa em que a opinião

Provocar esmagadoras

Forças de destruição,

Cala, que menos demoras.

 

 

971 - Lentes

 

De repente alguém limpou

As lentes que, nos meus olhos,

Antes de amar, nenhum voo

Viam para além de abrolhos.

 

 

972 - Arbustos

 

Há quem procure desculpas

Como arbustos sob os quais

Se possa esconder as culpas

Ante os olhos dos demais.

 

 

973 - Penalidade

 

O castigo da criança

Fero de penalidade

Não é o ralhete que a cansa,

É dá-la à inactividade.

 

 

974 - Contendor

 

É nos momentos de aperto

Que se mede um contendor:

Cresce a coragem do experto,

Morre a do blasonador.

 

 

975 - Afectada

 

Uma doçura afectada,

Branda leva pela mão

A ilusão que, confiada,

Gosta da própria ilusão.

 

 

976 - Contente    

 

A propensão natural

Chora aqui pelo passado:

Ninguém de ser gosta igual,

Contente de seu estado.

 

 

977 - Fera

 

Humano é ter caridade,

O mais sagrado dever.

Com a fera é insanidade,

Se humana, tal trato ter.

 

 

978 - Milhafre

 

Um milhafre entre os humanos

O mal em torno fomenta.

Quando lho fazem, os danos

Então é que ele os lamenta.

 

 

979 - Carga

 

Quem carga esquiva pequena,

Usando de esperta manha,

Arrisca sofrer a pena

Da que o mata de tamanha.

 

 

980 - Poupes

 

Não poupes teu inimigo,

Fá-lo amigo, se puderes;

Doutro modo o fim, contigo,

Vai dar ao sonho que houveres.

 

 

981 - Nosso

 

Porque muito nos apraz

Quanto nosso for, o efeito

São os danos que nos traz

Por não lhe vermos defeito.

 

 

982 - Literatura

 

Literatura, a bengala

Vistosa que te interpreta,

Se tua fama propala,

Da vida não é muleta.

 

 

983 - Cara

 

 

Linguagem, casa do ser

Onde ele mora e demora,

É apenas cara do ser

Para quem só a vê de fora.

 

 

984 - Campo

 

A cabeça é como um campo,

Só cultivando-a dá pão.

Se houver nos miolos um grampo,

Não há fruto, a mato estão.

 

 

985 - Solitário

 

Solitário, o velho come

Apenas recordações:

Matam só elas a fome,

O resto são ilusões.

 

 

986 - Berma

 

Morde o mundo e cheira mal...

E um filho é tão pequenino!

Como impedir que resvale

Para a berma do destino?

 

 

987 - Coragem

 

A coragem não é o medo

Ter deixado de sentir,

Mas ocultá-lo em segredo

E então além tentar ir.

 

 

988 - Chamiço

 

Resmungar ou ir embora

Não nos acende um chamiço.

Uma vida só melhora

Quando ela lutar por isso.

 

 

989 - Trabalho

 

Não fora acaso o trabalho

E jamais eu poderia

Comer daquilo que valho

E o comer nem saberia.

 

 

990 - Fruto

 

Pouco importa a mão erguida,

A reza, a promessa, o resto...

- Um grande prazer da vida

É do labor fruto honesto.

 

 

991 - Contra-relógio

 

Em contra-relógio vida

É o tempo sempre a faltar,

A faltar em tal medida

Que mata por falta de ar.

 

 

992 - Arma

 

Quando arma usar um rapaz

De gente sem gente ser,

Em breve é a gente de paz

Que tem de se defender.

 

 

993 - Obstáculo

 

Resta sempre aquele obstáculo

Se pretendes ser quem fores:

- O de ver mais no espectáculo

Que os meros espectadores.

 

 

994 - Fealdade

 

A mais bela fealdade

Que num homem se encontrar

É mais bela de verdade

Que qualquer outra em lugar.

 

 

995 - Séculos

 

O tempo sobre a fachada

Espalhou a cor dos séculos:

Velhice em pedra lavrada

São da beleza os espéculos.

 

 

996 - Atrofia

 

Nunca o espírito devia

Manter o corpo de lado,

O espírito se atrofia

Dentro dum corpo falhado.

 

 

997 - Disfarce

 

Todo o pensamento quer

Tempo além perpetuar-se:

Se acaso agitar quenquer

Nada mais há que o disfarce.

 

 

998 - Oca

 

Fica a ciência de vez oca

Ao vir esbarrar com ela

A cabeça presa à toca

Das paixões de donde apela.

 

 

999 - Miséria

 

A miséria de quenquer

Pode não ser maldição:

Miserável pode ser,

Infeliz, contudo, não.

 

 

1000 - Cegueira

 

Muita cegueira se enrosca

Por trás do dinheiro vão:

Antes ter pensar de mosca

Que rabo ser de leão!

 

 

1001 - Querer

 

Do potentado a injustiça

Pune o que o povo quiser.

Depois corre aflito à missa

E a mal dá o que o povo quer.

 

 

1002 - Necessário

 

Vivemos num atropelo

A lutar por algo fútil:

- É tão necessário o belo

Ou mais ainda que o útil.

 

 

1003 - Medo

 

De ladrões e de assassinos

Menos importa ter medo

Que dos vícios valdevinos

De que nós fazemos credo.

 

 

1004 - Largar

 

Jogar a terra de vez

Em nome dum paraíso

É largar de mão a rês

Por dela a sombra que viso.

 

 

1005 - Deuses

 

Dão-se-lhe a engolir as lendas

Ao farroupilha de nada:

Tem deuses como prebendas

No vazio duma estrada.

 

 

1006 - Pudor

 

Quem não foi acusador

Quando da prosperidade

Emudeça de pudor

Quando o rei mal sobrenade.

 

 

1007 - Descarada

 

Com quanta facilidade

A descarada ambição

Compra os votos da cidade:

- Basta imitar vocação!

 

 

1008 - Calúnia

 

Àquele que se elevou

A calúnia denegriu

E nunca a lei explicou

Que justiça é que se deu.

 

 

1009 - Raça

 

Eis o que demarca a raça

Ante a raça do animal:

- Dos princípios ante a traça,

Um príncipe nada vale!

 

 

1010 - Força

 

O que em nós há de sublime

Tem a força que persuade.

Quem vale não teme o crime

Nem, se honrado, a autoridade.

 

 

1011 - Distribuição

 

A distribuição igual

Nunca é feita em igualdade:

A que evita o maior mal

É a que buscar equidade.

 

 

1012 - Gíria

 

Há quem a gíria maldiga

Por ser a língua galdéria,

Não vê que é, quando a persiga,

Gíria a língua da miséria.

 

 

1013 - Partir

 

Quando no fim estiver,

Morrer é mesmo partir.

No início, quando há porvir,

É que partir é morrer.

 

 

1014 - Andrajos

 

São os andrajos dum povo,

Em colossal vassourada,

Cacos, trapos sem renovo,

- É a miséria a barricada.

 

 

1015 - Ofende

 

O pão à donzela obriga

Àquilo que mais a ofende:

- Um homem sem pão mendiga,

A mulher, porém, se vende.

 

 

1016 - Patriota

 

Patriota é quem se aloja

Onde mais se sentir vivo,

Quem sua defende a loja,

Tal Pátria em diminutivo.

 

 

1017 - Opinião

 

Fica a opinião injusta

Com um germe do futuro

Quando o esforço que lhe custa

Que o não inaugura apuro.

 

 

1018 - Exame

 

A revolta que rebenta

É ideia que faz exame

Ante a multidão atenta:

- Se esta a reprova, é o vexame!

 

 

1019 - Boto

 

Para as querelas eternas

Que o sonho nos tornam boto,

Têm os bosques cavernas,

Tem a cidade um esgoto.

 

 

1020 - Erro

 

Aqueles pais que receiam

Que um erro provoque danos

Os filhos jamais recreiam,

Toda a vida são enganos.

 

 

1021 - Rivalidade

 

Rivalidade entre irmãos

Pode ser bem perigosa.

Se competem dando as mãos

Tornam a vida gostosa.

 

 

1022 - Análise

 

Não deixes que a vida passe

Sem nada que nela viva,

Decide, supera o impasse

Duma análise excessiva.

 

 

1023 - Apressadas

 

As decisões apressadas

Vidas tornam invivíveis.

Pondera, contra as laçadas,

Alternativas possíveis.

 

 

1024 - Tarros

 

Tenta a vida carregar

Cheios os vazios tarros.

Prudente é não se amarrar

Apenas num de seus carros.

 

 

1025 - Metade

 

Uma metade ostentada,

Outra deixada entrever,

Mais do que o todo de entrada

Todo aberto vão valer.

 

 

1026 - Pincel

 

A verdade das verdades

É a que apenas se anuncia:

Esmalta-lhe as qualidades

O pincel da fantasia.